Com a Turma do Bem, Luiza recuperou a autoestima e construiu uma rede de apoio
Por Vitória Prates
Luiza Teresa dos Santos, de São Paulo, foi casada durante 20 anos. Há 11, está divorciada. Ela viveu um relacionamento abusivo e sofreu consequências físicas e emocionais após a separação. Mesmo antes do divórcio, Luiza já fazia tratamento para esquizofrenia. "Fiquei com os meus filhos pequenos sozinha e desempregada. Até eu conseguir mudar minha vida foi uma grande caminhada, e a Turma do Bem me ajudou em uma parte desse processo", explica ela.
"Durante o tratamento psiquiátrico, eu não sabia dizer nem em que dia tinha tomado banho pela última vez, muito menos fazia a higiene bucal. Por isso, fui perdendo meus dentes", conta Luiza. Como sentia fortes dores na boca, antes mesmo de chegar à Turma do Bem, Luiza teve alguns dentes extraídos, já que tinha periodontite avançada. Mas as dores continuaram.
Foi durante uma palestra na universidade, enquanto cursava serviço social em 2020, que Luiza conheceu a Turma do Bem. A palestrante citou o trabalho das Apolônias do Bem, braço da ONG voltado ao atendimento de vítimas de violência doméstica, e Luiza decidiu ir atrás. Enviou fotos dos seus dentes, e, após sua formatura, recebeu o retorno da Turma. Eles tinham encontrado um dentista voluntário para atendê-la, Daniel Mattei. "Eu chorei muito com a notícia, foi um dos maiores presentes da minha vida", diz.
Hoje estudante de direito, ela reforça a importância do projeto na sua autoestima e na construção da sua rede de apoio. "O Apolônias do Bem foi o único lugar que me enxergou de verdade e entendeu que eu precisava de acolhimento", diz. "Tenho certeza de que, quando for à minha primeira entrevista de emprego, estarei bem mais segura", diz ela.
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"O Apolônias do Bem foi o único lugar que me enxergou de verdade e entendeu que eu precisava de acolhimento."