Quarenta e cinco dias depois de nascer, Laura sofreu convulsões que resultaram em danos cerebrais e uma internação de meses na UTI. O quadro levou a mãe, Alini, a inscrevê-la na Obra do Berço ainda com a filha no hospital, pois sabia que precisaria do máximo de ajuda para criar e estimular o desenvolvimento de Laura se ela sobrevivesse. Para a felicidade de todos, a bebê se recuperou e hoje surpreende a família e as professoras com seus avanços diários.

"Quando caiu a ficha de que ela seria uma criança especial, me dei conta também de que ela precisaria de bastante carinho e atenção, e eu sabia que encontraríamos isso na Obra", lembra Alini, que trabalha como auxiliar administrativa em um hospital em frente à ONG. Com exceção do período de pandemia, durante o qual as atividades da creche foram on-line, a mãe de Laura visitava a bebê em seus intervalos de almoço e admirava o desenvolvimento da pequena ao lado das professoras. "Ela até já consegue descer do escorregador!", conta a mãe, orgulhosa.

Nem a equipe da Obra e nem os pais de Laura imaginavam que antes dos 3 anos ela já estaria engatinhando, explorando os espaços da creche e respondendo tão bem aos estímulos. Ainda que de um jeitinho diferente, ela participa de todas as brincadeiras e atividades, e Alini fica muito contente de ver sua filha se divertindo e sendo incluída pelos coleguinhas e professoras. "Eles são maravilhosos para a minha filha e eu honestamente não sei o que faria sem eles", conta a mãe, que mora longe de sua família e tem a Obra do Berço como rede de apoio para criar a pequena Laura da forma mais inclusiva e estimulante possível.

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