O cachorrinho Peteleco, apelidado de Teco, foi resgatado por uma amiga de Ana Flávia Cordeiro na Ceilândia (DF) em dezembro de 2020. Ele estava muito machucado e com um grave problema de pele. Sensibilizada, ela levou Teco para um hospital, onde ele ficou internado por 15 dias. 

Após a alta, Ana Flávia perguntou se a ONG Toca Segura Brasília, onde atua como madrinha desde 2019, poderia recebê-lo, mas não havia vaga por lá. Como Ana Flávia também não poderia receber o cachorrinho em casa no momento, conseguiu um lar temporário para Teco. Porém, o pet não recebeu os cuidados necessários no novo abrigo e seu estado de saúde voltou a piorar.

Ana Flávia decidiu, então, enviar fotos do cão para a ONG e explicou sobre a situação delicada. Compadecidos pela história do animal, os gestores da ONG decidiram recebê-lo. Atualmente, a  Toca Segura Brasília  oferece abrigo, água, alimentação e atendimento veterinário para cerca de 250 cachorros. Ana Flavia se tornou madrinha de Teco, ou seja, ficou responsável por cuidados e gastos com o lar temporário na ONG, onde passou  40 dias. "Eu ia semanalmente lá pra dar banho e ajudar nos curativos", diz Ana Flávia. 

Durante as visitas, os laços dos dois começaram a se estreitar. "Eu sempre brincava muito com ele, ficava dando carinho. Com o tempo, ele começou a fazer muita festa quando me via. Passou a me reconhecer e a abanar o rabo, o que diante do quadro clínico dele foi um avanço e tanto!", diz. 

Tanto amor fez com que Ana Flavia decidisse adotá-lo. Quando o cãozinho foi diagnosticado com Leishmaniose, ela levou Teco para casa, onde ele recebeu os tratamentos finais. Hoje, já não apresenta sintomas da doença. "A situação dele nos comoveu muito. A gente achava que ele não fosse sobreviver. Mas não só sobreviveu como está super saudável, um cachorro  brincalhão e esperto!", conta ela, que diz ter despertado para os sentimentos mais nobres da humanidade após a adoção. "O adotar transforma as nossas vidas. A gratidão dos animais é uma coisa que nos emociona o tempo todo."