Ao dar lar temporário, Rejane encontrou Ludovico e Yuke, que ocupam um lugar definitivo em seu coração
Por Laura Guerra
Em setembro de 2020, Rejane Nunes Alves, de 58 anos, estava rolando o feed do Instagram quando viu uma postagem do Patinhas que Brilham, instituição que recolhe, ampara, castra e doa animais em situação de rua e maus-tratos em Santos (SP). A ONG cuida, em sua sede, de mais de 70 animais, além de ajudar na alimentação de pets com tutores em situação de vulnerabilidade social. O post mostrava uma gatinha prenha, que havia sido resgatada no meio de um temporal. "Eles estavam com o local lotado de animais e pediram ajuda para abrigá-la. Fiquei condoída e disse que poderia ficar com ela e os filhotes temporariamente", comenta Rejane.
A gata recebeu o nome de Luna e, logo quando chegou em seu lar temporário, entrou em trabalho de parto. Após muito esforço, nasceram três gatinhos. Para não estressar Luna e seus filhotes, eles ficaram alojados dentro de um dos quartos da casa, separados dos outros sete gatos de Rejane. Depois, quando eles estavam mais crescidos, ela começou a adaptação. "Os filhotes aceitaram super bem os meus gatos, mas a Luna não. Ela ficava arisca e atacava eles. Já fazia cinco meses que ela estava comigo e não se acostumava", explica.
Apesar desse comportamento, Luna era muito dócil quando estava apenas com Rejane. "Eu me encantei por ela e os filhotes, queria muito ficar com eles". Porém, a tutora percebeu que o melhor seria Luna morar em um lugar com mais espaço. "Notava ela meio triste por ficar presa", comenta. Por isso, Rejane entrou em contato com outra ONG, que se ofereceu para ficar com a gata. "No final, acabei ficando com os dois filhotes machos dela. A fêmea foi adotada pela minha prima", conta.
Hoje, Luna mora em uma chácara protegida para gatos, onde possui espaço para correr, brincar e subir em árvores. "Sempre recebo fotos dela", diz Rejane. Os filhotes, nomeados de Ludovico e Yuke, completaram um ano em setembro de 2021. Muito amorosos, hoje, eles ocupam um espaço definitivo na casa e no coração de Rejane. "Acho que se as pessoas pudessem dar um lar temporário, iam ajudar muito as ONGs, e iriam ajudar a si mesmos, porque animais de estimação te fazem companhia e te alegram", opina.
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"Acho que se as pessoas pudessem dar um lar temporário, iam ajudar muito as ONGs, e iriam ajudar a si mesmos."