Aos 68 anos, Lea encontrou no empreendedorismo oportunidade para gerar renda
Por Thalyta Martins/Instituto Rede Mulher Empreendedora
Lea das Graças Penha Martins da Silva é moradora da comunidade do Barro Vermelho, localizado em Lins de Vasconcelos, no Rio de Janeiro. Com 68 anos, ensino médio completo, aposentada e três filhos adultos, ela, que deixa claro que não gosta de ficar parada, encontrou no empreendedorismo uma oportunidade de gerar renda.
Juntando o útil ao agradável, Lea abriu um negócio para vender doces com ingredientes de qualidade. Com a chegada da pandemia, no entanto, ela precisava de outra saída para conseguir manter a renda e viu na venda de porções de batata e calabresa, sorvete, açaí, pizza, salgadinho e pastel essa solução, visto que são produtos mais consumidos do que os doces, e que também o gosto por cozinha não iria deixar o trabalho monótono.
"A situação está ruim para todo mundo. Tem semana que vende um pastel, tem semana que não tem mais o que vender. Meu filho, por exemplo, trabalha em laboratório, faz Uber e vende cachorro-quente. A gente tem que fazer acontecer, infelizmente não tem jeito", afirma.
Antes da pandemia, Lea participou do Ela Pode, programa do Instituto RME. Segundo ela, o curso, que foi oferecido pela multiplicadora Stellinha Moraes, na Vila Isabel, ajudou a pensar positivo e incentivou seu crescimento. Outro benefício foi a aproximação e contato com outras empreendedoras, por meio das quais Lea ouviu histórias do empreendedorismo e trocou experiências. "A gente precisa um do outro", afirma.
Enquanto a vacina contra a COVID-19 não chega, Lea diz que quer continuar trabalhando em seu negócio e cuidando de si e dos netos. "Vou fazer 70 anos, vou procurar me divertir um pouco e cuidar da minha família. Essa fase de trabalhar para os outros já passou", conta. Ela contou que tem vontade de abrir um buffet ou uma casa de festas, além de fazer faculdade de gastronomia para ter mais facilidade e condições para fazer os preparos.
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"Vou fazer 70 anos, vou procurar me divertir um pouco e cuidar da minha família. Essa fase de trabalhar para os outros já passou!"