Histórias
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segunda, 09.03.2020

"Eu descobri que podia sonhar e, hoje, trabalho como pedagoga!"

Por Romy Aikawa

Fotografia: Divulgação/Amigos do Bem
Fotografia: Divulgação/Amigos do Bem

Bruna Melo Carvalho, de 25 anos, nunca esqueceu do dia em que o pessoal da ONG Amigos do Bem visitou o povoado de Torrões, no município de São José da Tapera (AL), pela primeira vez. "Era 2002, eu tinha 7 anos e fiquei deslumbrada com tanta alegria. Eles chegaram cantando, distribuindo saquinhos com balas e brinquedos, abraçando as pessoas. Eu nem sabia o que era abraço", diz, recordando a infância difícil: "Me enchia de tristeza ver meus irmãos chorando de fome e de sede. Eu também era criança, mas era a mais velha, então me sentia responsável por eles. Só que o barreiro onde pegávamos água ficava muito longe".

Bruna não imaginava que, algum tempo depois, o ciclo de miséria no qual ela e sua família viviam seria rompido pela construção de uma Cidade do Bem - construída para abrigar pessoas que moravam em casas de taipa, sem recursos, e onde os principais projetos da instituição são desenvolvidos - , e de um Centro de Transformação, por meio da ONG. "Eles voltaram e, aos poucos, passamos a ter água, comida, trabalho, casa, médicos, dentista e a perspectiva de uma vida melhor", afirma a jovem.

Se antes ela não tinha nenhum estímulo para estudar, tudo mudou com a escola do Centro. "Eu descobri que podia sonhar e, hoje, trabalho como pedagoga e estou concluindo uma pós-graduação em psicopedagogia e gestão escolar. Minha mãe atua como voluntária, ajudando na distribuição de alimentos nos povoados, minha irmã trabalha na oficina de costura e meus irmãos estão todos saudáveis e estudando. Foi uma grande transformação, que agora sei que, na Amigos do Bem, sempre começa com um abraço!", conclui Bruna.

Clique aqui e conheça o trabalho desenvolvido pelos Amigos do Bem.

"Me enchia de tristeza ver meus irmãos chorando de fome e de sede."

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