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segunda, 01.11.2021

Na Fundação Dorina, Elisa reaprendeu a viver e construiu um novo mundo

Por Giovanna Reis

Fotografia: acervo pessoal
Fotografia: acervo pessoal

Desde os 8 anos, Elisa sabe que tem diabetes, mas nem sempre conseguiu cuidar da doença da melhor forma. Até que, em 2017, a então profissional de relações públicas recebeu o diagnóstico de retinoplastia diabética, que são lesões na retina. Atualmente, possui 60% da visão no olho direito e apenas 3% no esquerdo.

Ainda que o processo de aceitação tenha demorado um pouco, o conhecimento da doença levou Elisa a tomar a decisão que há anos adiava: mudar de carreira. "O diagnóstico foi um divisor de águas na minha vida", conta. Ela saiu da área de comunicação e fez cursos ligados a desenvolvimento humano e qualidade de vida.

Aos poucos, a mineira foi se acostumando com a perspectiva de uma vida completamente diferente - mas, para isso, precisava reaprender a viver. Ela já tinha ouvido falar da Fundação Dorina por indicação da esposa de seu pai, mas esperou alguns anos para procurar ajuda. No início de 2020, depois de encerrar um relacionamento amoroso, Elisa encontrou o apoio de que precisava na Fundação. Ela entrou para o processo de reabilitação e passou a fazer sessões de terapia semanais para trabalhar sua saúde mental, seu bem-estar e, é claro, sua nova vida como pessoa com deficiência visual.

O momento mais significativo para Elisa foi quando aprendeu a usar a bengala. Ela conta que, antes, andava curvada e considerava apenas os aspectos negativos de sua condição. "Mas quando o pessoal da Dorina, com muita paciência e carinho, me ensinou a usar o apoio, finalmente ergui a cabeça e passei a olhar para a vida. Foi um momento muito empoderador", diz Elisa, que tem orgulho do seu "cajado" e pretende montar um curso de dança com bengala para incentivar outras deficientes visuais.

Ela ainda faz aulas semanais na Fundação e, no momento, espera a abertura do curso de massoterapia, um dos cursos profissionalizantes da instituição. "A Fundação Dorina me ajudou a ter mais liberdade e autonomia, a tocar a minha vida, a não me vitimizar... Com a ajuda deles, pude construir um novo mundo", afirma Elisa.

Clique aqui e conheça mais sobre o trabalho da Fundação Dorina.

"A Fundação Dorina me ajudou a ter mais liberdade e autonomia, a tocar minha vida, a não me vitimizar. Com a ajuda deles, pude construir um novo mundo."

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