Júpiter  foi atropelado por um ônibus em São Paulo e perdeu uma pata em junho de 2019. A veterinária Elizabeth Mello, gestora do Instituto Eu Sou o Bicho, o resgatou. A ONG atua desde 2018, com cerca de 40 voluntários, na Grande São Paulo, Itapevi, Itupeva e Sorocaba e já garantiu a adoção de cerca de 500 animais e ajudou outros milhares por meio de doações de alimentos, vacinas e medicamentos. 

Mesmo não tendo abrigo para animais na ONG, Elizabeth manteve o cachorrinho em sua clínica, onde foi cuidado. Saudável e alegre, um ano depois, por conta da deficiência, Júpiter ainda sofria dificuldades para encontrar um lar. "Continuamos divulgando a adoção nas redes sociais até que uma moça o viu nas postagens, se apaixonou e decidiu adotá-lo", explica Elizabeth. 

Preocupada com os pets menos favorecidos, Luana Bueno buscava um novo companheiro após a morte, em 2018, de um cachorro idoso que ela havia adotado três anos antes. Dessa vez, Luana queria abrigar um cachorro com deficiência e começou a buscá-lo na internet. Ao encontrar Júpiter no perfil do instituto, entrou em contato com Elizabeth e foi à  ONG acompanhada por  João, cão de quem já era tutora, para conhecer Júpiter e garantir que os três se dariam bem. "Quando me encontrei com ele foi amor à primeira vista. Eu vi que ele era perfeito mesmo sem a pata", diz. O cachorro também se entrosou com o novo irmãozinho de quatro patas.

Após um questionário cuidadoso, para garantir que Júpiter teria os cuidados e segurança suficientes para uma vida feliz no novo lar, Luana o levou para casa em maio de 2020 e o batizou de Júpiter, um nome diferente e alegre como ele. Na fase de adaptação, o cão comeu algumas plantas, mas já perdeu essa mania e agora é o mascote da casa.

"Eu digo que ele é nosso segurança porque está sempre no portão vigiando ou me esperando chegar", conta Luana. "Ele é muito carinhoso, dócil e faz tudo perfeitamente. Corre mais rápido que o João que tem as quatro patas. Ele é perfeito assim, faltando essa patinha dele!"

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