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quarta, 01.12.2021

Com transmissão de conhecimento, IPÊ promove a conservação ambiental e ajuda a desenvolver o empreendedorismo sustentável

Por Diuliane Santos

Fotografia: Laurie Hedges
Fotografia: Laurie Hedges

Considerado uma das maiores ONGs ambientais do Brasil, o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ) é uma instituição dedicada à conservação da biodiversidade que atua em pesquisas, formação de profissionais, educação ambiental e programas de geração de renda e negócios sustentáveis que ampliem a responsabilidade socioambiental.

Desde a sua fundação, em 1992, um dos objetivos do IPÊ é a transferência do conhecimento adquirido durante as suas pesquisas científicas. Por isso, em 1996, criou o Centro Brasileiro de Biologia da Conservação (CBBC), com cursos de curta duração. Em 2006, o Centro evoluiu e passou a ser a Escola Superior de Conservação Ambiental e Sustentabilidade (ESCAS), oferecendo Mestrado Profissional e MBA, e impactando a vida de milhares de pessoas.

Na região do Pontal do Paranapanema, que compreende 32 municípios do estado de São Paulo, o IPÊ desenvolve diversos projetos. Entre eles, os Viveiros Agroflorestais, que auxiliam os assentados da reforma agrária no planejamento de suas propriedades e estimulam a criação de bosques agroflorestais, formando ilhas florestais de biodiversidade que servem de trampolins ecológicos ou refúgio de fauna. Iraci Lopes Duveza, de 58 anos, mora em Teodoro Sampaio (SP) e conheceu o Instituto por meio de um convite que recebeu para participar do curso de capacitação para viveiristas. "Eu sempre gostei de trabalhar com plantas, era um hobby. Através do curso peguei gosto pela profissão e decidi fazer do viveiro a minha fonte de renda", conta.

Iraci é proprietária do viveiro Viva Verde, que fica localizado no sítio onde ela nasceu e vive até hoje: "meu pai era lavrador, veio pra cá com a intenção de abrir um negócio de cerâmica de telhas e, para isso, precisou desmatar. Ele desmatou e hoje eu trabalho no processo de reconstrução, é uma alegria plantar as sementinhas e ver as árvores crescendo", conta. Com o apoio do IPÊ, o viveiro de Iraci produz mudas e ajuda na reconstrução das Áreas de Reserva Legal e Preservação Permanente da região. Para ela, a oportunidade de contribuir com a natureza e os animais é o que dá sentido à vida. "O Instituto me deu uma luz, me mostrou o caminho e trouxe o verde e a vida para a nossa cidade. Ele veio restaurar o que estava destruído", afirma.

Fotografia: acervo pessoal
Fotografia: acervo pessoal



O IPÊ chegou na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Puranga Conquista, na cidade de Manaus (AM), em 2012.
"O Instituto veio e nos mostrou novas formas de trabalhar com a natureza, de modo sustentável, sem precisar agredir o meio ambiente", diz Célio Arago Terêncio, de 41 anos, morador da comunidade indígena Nova Esperança. "Muita coisa melhorou com o desenvolvimento dos projetos do IPÊ em nossa comunidade, principalmente em relação à economia local. Hoje possuímos uma biblioteca cultural e um restaurante comunitário que são nossos patrimônios culturais", conta.

Célio é um artesão que trabalha com arte em madeira e vem sendo reconhecido pelo seu trabalho com indicação a prêmios e reportagens em revistas de decoração, arte e arquitetura. Em 2016, foi vencedor do Top 100 de Artesanato do Sebrae, prêmio que reúne as melhores unidades de produção artesanal pela qualidade de seus produtos e práticas de gestão de negócios. "Sempre falo que esse reconhecimento começou quando o IPÊ chegou na comunidade e na minha vida. No começo, fazia tudo de forma rústica, fui me aperfeiçoando com o tempo. O Instituto acreditou no meu trabalho e me ajudou a transformar o artesanato em fonte de renda. Me ensinou a ser um verdadeiro empreendedor da floresta!", afirma. Atualmente, Célio trabalha no Ateliê Escola, local onde cria as suas peças e oferece oficinas para jovens das comunidades vizinhas, contribuindo com o seu conhecimento para a formação de futuros artesãos.

O IPÊ acredita que a sustentabilidade do planeta depende inteiramente da existência e conservação da nossa diversidade socioambiental. Clique aqui e conheça mais sobre o trabalho da instituição.

"O Instituto me deu uma luz, me mostrou o caminho e trouxe o verde e a vida para a nossa cidade. Ele veio restaurar o que estava destruído."

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