João Victor Bezerra Gonçalves Melo tinha 16 anos e estava no último ano do ensino médio quando começou a sentir os sintomas do que viria a ser um tumor no testículo. Após ser submetido a muitos exames, foi avisado de que precisava operar o mais rápido possível.

A família não tinha condições de pagar uma cirurgia em um hospital particular, por isso João foi encaminhado ao Hospital das Clínicas de Recife. Lá, a biópsia confirmou que se tratava de um câncer e que João precisaria de quimioterapia. Por conta de sua idade, que ainda exigia tratamento pediátrico, foi encaminhado ao ICIA, onde teve uma experiência que superou suas expectativas.

O tratamento durou apenas quatro meses e foi, para João e sua família, positivo em todos os sentidos. "A instituição era perto de casa, gratuita, com atendimento maravilhoso e acolhedor. A equipe estava sempre com o astral lá em cima e fez com que fosse uma experiência tranquila", diz João Victor. "Eu me sentia muito bem lá, até me esquecia de que tinha uma doença."

A instituição deu a ele e à família todo o suporte de que precisavam. Vestibulando à época, João estava mais preocupado com as provas do que com a doença. A equipe do ICIA o ajudou com essa parte também: conversou com a escola para que João continuasse estudando de casa. Assim, ele manteve o ritmo mesmo com o tratamento e foi aprovado em biomedicina.

Hoje, com 21 anos, João Victor faz exames de acompanhamento a cada seis meses e espera receber a confirmação da cura ainda em 2021. "Minha vida segue normal, mas diferente: me tornei mais corajoso, mais grato, dou mais valor às coisas", relata. Ele até tatuou no braço um "2017", ano em que terminou o tratamento, começou a faculdade, se encontrou em sua profissão dos sonhos e iniciou uma nova jornada.

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