quarta, 09.09.2020

Dá pra vender 190 mil livros durante a pandemia?

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A MOL e a Petz provam que sim! Graças a essa parceria, dois dos maiores best-sellers do ano no Brasil não estão nas livrarias, mas na rede de pet shops!
A MOL e a Petz provam que sim! Graças a essa parceria, dois dos maiores best-sellers do ano no Brasil não estão nas livrarias, mas na rede de pet shops!

Se antes da pandemia o mercado livreiro já enfrentava uma crise profunda, com pedidos de recuperação judicial e grandes dívidas com editoras, a situação se agravou em 2020. O coronavírus gerou um impacto ainda maior nas livrarias, que tiveram queda em suas receitas, fecharam as portas e demitiram funcionários em massa. Sem medidas de apoio que ajudem na retomada dos negócios, a volta também tem números tímidos, com queda de 70% nas vendas.

É nesse cenário de encolhimento histórico e incertezas sobre o futuro que a Editora MOL consegue fazer o que parece impossível: em 2020, a empresa vendeu mais de 200 mil livros. Um deles se transformou recentemente no maior best-seller do Brasil no ano, com mais de 91 mil unidades comercializadas em apenas 5 semanas e a tiragem total de 120 mil exemplares esgotada menos de dois meses após seu lançamento, na segunda metade de julho.

O caminho para alcançar esses números passa longe do tradicional, já que nenhuma das publicações mais vendidas da MOL está nas livrarias. Os campeões de venda estão em outros canais de varejo - mais precisamente na Petz, rede de produtos para animais de estimação. 

O best-seller do ano pode ser encontrado entre sacos de ração e ossinhos para cachorro: ele é o Ache o Bicho 2: Rumo ao Pódio, um livro para crianças e famílias que amam animais de estimação e esportes, com passatempos ilustrados por grandes artistas brasileiros. Menos de um mês depois de seu lançamento na Petz, o produto  superou 90 mil exemplares vendidos e bateu o queridinho das livrarias em 2020, Mais Esperto que o Diabo (Citadel, 2011), que alcançou 76,1 mil unidades comercializadas desde janeiro. A força do livro vem, principalmente, da causa que ele abraça: descontados os impostos e custos de produção, os R$ 7,90 pagos pelos clientes que levam um exemplar para casa se transforma em doação a ONGs dedicadas à proteção de animais abandonados.

"Levamos menos de 30 dias para vender o que os maiores best-sellers do Brasil neste ano venderam em mais de 6 meses", diz Roberta Faria, diretora-executiva da Editora MOL. "Nosso negócio sempre cresceu nas crises, então não temos dúvidas que essa é mais uma oportunidade para nós. Estamos aproveitando a onda de solidariedade gerada pela pandemia para oferecer um produto de qualidade, com preço acessível e que ainda apoia a causa animal."

A Editora MOL e a Petz estimam uma arrecadação de mais de R$ 390 mil em doações através do Ache o Bicho 2. A doação se faz ainda mais necessária durante a pandemia, já que, desde março, abrigos pararam de receber recursos e começaram a sofrer até com com a falta de alimentos para seus bichos durante a quarentena e a crise econômica. "Uma boa notícia é que essa será certamente a maior doação da história da parceria entre as duas empresas até agora", afirma Roberta.

Em 2020, a MOL deve alcançar 20 milhões de produtos socioeditoriais - isto é, com renda revertida - vendidos. Desses, mais de 660 mil foram comprados por clientes das lojas Petz. A parceria, formada há 3 anos, já ultrapassa R$ 1,3 milhão doados para 48 ONGs de proteção animal.

NÃO É ACIDENTE: É MODELO DE NEGÓCIO
O Ache o Bicho 2 é segundo best-seller da MOL e da Petz em 2020. Em abril, quando a pandemia ganhou velocidade no país e comércios fecharam as portas, as 111 lojas do varejista permaneceram abertas em 14 estados brasileiros, como um serviço essencial. Foi quando a editora e a Petz lançaram o Um Bicho Me Disse, livro de frases inspiradoras sobre animais, também pelo preço de R$ 7,90 e com renda revertida para a causa animal. Em um momento delicado para os negócios, enquanto o mercado editorial de apresentava queda de 48% no faturamento, o projeto era um sucesso nas lojas: de abril até junho, 95% da tiragem foi esgotada. As mais de 67 mil unidades comercializadas transformaram o livro no terceiro mais popular do Brasil em 2020, gerando R$ 202 mil em doações.


Quando lançamos O Que os Cachorros Nos Ensinam em 2017, nosso primeiro produto socioeditorial junto com a Petz, abrimos caminho para transformar o varejista em um grande vendedor de livros (e um grande apoiador da causa animal no Brasil!)

 

"Isso não é um acidente de percurso: é um modelo de negócio que hackeou as operações do mercado livreiro, driblou a crise e colocou o impacto social como prioridade", conta Roberta. Desde 2008, a MOL cria produtos socioeditoriais de sucesso: são livros, revistas, calendários e jogos impressos lúdicos, sempre vendidos em volumes altíssimos a preços acessíveis no varejo, por onde milhões de brasileiros circulam diariamente. Dentro dessa lógica, a empresa já trabalhou com 14 redes varejistas, chegando a milhares de pontos de vendas e doando mais de R$ 35 milhóes para organizações que também atuam em áreas como saúde, educação e sustentabilidade. 

Para dar certo, a MOL abre mão dos modelos tradicionais, que dependem de assinaturas, venda de publicidade e distribuição em livrarias ou bancas de jornal - e garante, assim, um ciclo mais transparente e sustentável, que elimina os intermediários e o desperdício de tiragem, comuns no mercado tradicional. "É um modelo que valoriza a comodidade, introduzindo a doação na rotina do consumidor com discurso claro, produtos de qualidade, processos de distribuição eficientes e transparência absoluta no impacto social gerado", reforça Roberta.

O primeiro projeto da editora foi a revista Sorria, vendida no caixa das farmácias Droga Raia. A publicação tem tiragem bimestral de 230 mil unidades e conta histórias de vida de pessoas comuns, sempre de forma leve e positiva. Desde o seu lançamento, em 2008, é a revista mais vendida de forma avulsa no Brasil, ocupando a posição de destaque sem nunca ter entrado em uma banca de jornal - e com vendas normalmente acima dos 90% do total impresso na gráfica. O preço e a ação social prometida ajudam a alavancar as vendas: em módicos R$ 4,50 pagos por um exemplar está incluída uma microdoação direcionada a 11 ONGs. Em 74 edições, 22 organizações já foram apoiadas com mais de R$ 24 milhões.

Conteúdo positivo, preço acessível, impacto social e doações auditadas de forma independente são princípios básicos de todos os produtos MOL, também presentes em varejos como Drogasil, Ri Happy, Vivara e Tip Top. E se no restante do mercado editorial o papel é sinônimo de obsolescência, aqui ele é ressignificado, transformando-se em produtos que sempre doam mais do que lucram. Desde 2008, para cada real que a Editora MOL lucrou, R$ 4,44, em média, foram encaminhados às causas que a empresa apoia.

NOVOS HORIZONTES
Com o sucesso e amadurecimento do modelo de negócio, Roberta vê novas oportunidades desde já para a MOL. "É hora de hackear outros mercados e operações. Queremos descobrir novos projetos de ganha-ganha com outras empresas, em outras áreas e plataformas, incluindo a digital." A bússola da empresa permanece apontando para a mesma direção: procurar maneiras inovadoras de conectar causas, consumidores e negócios para fortalecer o empreendedorismo social e a cultura de doação no Brasil. "É só enxergando os negócios como agentes de transformação que vamos evoluir nosso capitalismo para um mentalidade de impacto positivo" completa Roberta. "É o que sempre dizemos na MOL: só é bom se for bom pra todo mundo". 




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