Paratleta encontrou no Instituto Mara Gabrilli o apoio que precisava para vencer
Por Helaine Martins
Foram necessários 11 anos para que Lina Marinho conseguisse encarar o novo corpo e a nova vida depois de sofrer um acidente em que teve o braço e a perna esquerda amputados. Era o Carnaval de 1986, e Lina se preparava para conhecer a família do então namorado, que vivia em Marília, a 434 km da capital paulista. Na estação de trem lotada, segundos antes de embarcar, se desequilibrou e caiu nos trilhos.
Quatro dias depois, saiu da UTI, voltou para casa e viveu um ciclo de dor. Até que conheceu um dos fundadores da Associação Desportiva para Deficientes (ADD), Steven Dubner, que a encorajou a nadar. Entre braçadas e mergulhos que jamais imaginou serem possíveis, Lina começou sua trajetória como paratleta.
Após passar por alguns clubes e ganhar vários campeonatos, ela recebeu, em 2006, o convite que alçou sua carreira a outro patamar: participar do Projeto Próximo Passo, do Instituto Mara Gabrilli, que oferece estrutura para os treinamentos e suporte técnico para atletas do esporte de alto rendimento. "Eu já estava entre os melhores, mas só no IMG encontrei o apoio de que precisava para minhas competições", conta.
Atualmente, aos 51 anos, Lina é uma das veteranas da equipe. Já participou de cerca de 300 competições nacionais e internacionais e soma mais de 700 medalhas. "Sempre subi no pódio com orgulho de mim mesma", afirma.
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"Eu já estava entre os melhores, mas só no IMG encontrei o apoio de que precisava para minhas competições. "