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quarta, 22.12.2021

Depois de conhecer a Terapia Assistida por Animais, Amélia criou um projeto para ajudar crianças com deficiência

Por Laura Raffs Guerra

Fotografia: acervo pessoal
Fotografia: acervo pessoal

Diagnosticada com lúpus há 29 anos, Amélia de Cássia Leoncio da Silva, de 53 anos, teve uma necrose na cabeça do fêmur. Depois disso, seu cachorro Max, um golden retriever, mudou de comportamento. "Ele começou a cuidar de mim, não puxava, não pulava, colocava a patinha na almofadinha em que eu fazia exercício da fisioterapia", explica.

Ao contar a história para uma amiga, Amélia foi aconselhada a trabalhar com a Terapia Assistida por Animais (TAA). Ela ficou encantada com o método e, após muito estudo e pesquisa, apresentou à Secretária de Educação de Olinda, onde trabalha, um projeto chamado Bolinha de Pelo, que entrou em vigor em 2016 e tinha o objetivo de, através do TAA, estimular as capacidades físicas, cognitivas, sociais e funcionais de estudantes com deficiência das escolas públicas.

Para Amélia, se envolver com a Terapia Assistida por Animais mudou a sua vida: "Estava meio depressiva em relação à minha saúde. Meu cachorro me mostrou que eu era capaz de superar isso. Além de trabalhar, vivi esse processo e estive do outro lado".

Fotografia: acervo pessoal

 

Depois de um ano, querendo aprender mais sobre a TAA e expandir seu projeto, Amélia conheceu o Instituto Nacional de Ações e Terapias Assistidas por Animais (INATAA), expoente na realização da TAA com foco na melhoria da saúde física, emocional e mental das pessoas. Além disso, a ONG promove cursos de formação na área para profissionais, voluntários e estudantes interessados. Em 2017, Amélia participou do "Curso Básico em Atividade, Educação e Terapia Assistida por Animais", seu primeiro curso na instituição. "Fez muita diferença, voltei com uma outra roupagem. Algo que aprendi muito é que a gente não pode ver só o ser humano, precisamos lembrar que o cachorro também é um ser vivo e precisa de cuidados", completa.

Ainda, em 2021, Amélia participou de um ciclo de sete palestras gratuitas, oferecido pelo INATAA e patrocinado pela Editora MOL e o Adote Petz. "Sempre que participo, saio com uma carga maior de conhecimento agregada ao meu trabalho e profissão", afirma. Hoje, o projeto Bolinha de Pelo atende dez escolas, possui dez cães terapeutas e atende mais de 200 estudantes com deficiência. "O INATAA me fez crescer", diz Amélia.

Clique aqui e conheça mais sobre o trabalho do INATAA.

"Estava meio depressiva em relação à minha saúde. Meu cachorro me mostrou que eu era capaz de superar isso."

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