Histórias
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sexta, 24.09.2021

Conheça o "Famílias Acolhedoras", programa do Instituto Fazendo História que oferece serviço de acolhimento para crianças de 0 a 6 anos

Por Diuliane Santos

Fotografia: acervo pessoal
Fotografia: acervo pessoal

O Instituto Fazendo História (IFH) apoia crianças e adolescentes separados de suas famílias para que se tornem capazes de construir histórias de vidas potentes, interrompendo o ciclo de abandono, ruptura e violência. 

Com o objetivo de contribuir com as políticas adequadas para a primeira infância quando privada dos cuidados parentais, o IFH implementou, em 2015, o  programa Famílias Acolhedoras para crianças de 0 a 6 anos. A Família Acolhedora é uma política pública que garante o direito à convivência familiar e comunitária de crianças e adolescentes separados de suas famílias. A ONG desenvolve o serviço em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) de São Paulo e a Vara da Infância e Juventude Fórum - João Mendes. 

O acolhimento é uma medida de proteção que está prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para casos de violação ou ameaça dos direitos das crianças e adolescentes. De acordo com o Conselho Nacional de Justiça, atualmente, há aproximadamente 47.300 mil crianças e adolescentes acolhidos no Brasil. Destes, 12,7% têm entre 0 e 3 anos e 10,08% entre 4 e 6 anos. Entre as diferentes modalidades de serviços de acolhimento estão os abrigos institucionais, casas lares ou famílias acolhedoras.

Atualmente, o Instituto conta com 33 famílias acolhedoras, formadas por pessoas que possuem um coração cheio de empatia e disposto a se doar para o próximo. Para fazer parte do programa, as famílias passam por um processo de seleção e qualificação, e recebem do IFH todo o suporte necessário para cuidar das crianças que precisam de acolhimento temporário e provisório, até que possam retornar para suas famílias de origem ou sejam encaminhadas para adoção.

Fotografia: acervo pessoal

 

Adriana e Marco Yoshikama são uma família acolhedora desde 2017. Para eles, o acolhimento é a missão de suas vidas. "Tentei engravidar algumas vezes e não consegui. O amor que eu guardava dentro de mim era tão grande que eu precisava doar. A gente ama desde o primeiro dia em que a criança chega na nossa casa", conta Adriana. Segundo Marco, fazer parte do programa tem sido uma experiência transformadora. "Mudou tudo, minha visão de vida, perspectiva do futuro, de acreditar que essas crianças vão fazer a diferença lá na frente. Nenhum acolhimento é igual ao outro, em cada um aprendemos coisas diferentes", afirma. O casal já fez 4 acolhimentos.

Renato Zanetti acredita que o acolhimento é uma oportunidade de quebrar o ciclo de violência e contribuir para a transformação da sociedade. Sua maior motivação é conseguir, com o recurso que possui, impactar a vida de uma criança. "Não importa o que aconteceu e o que vai acontecer depois. Nosso papel é receber a criança, oferecer o melhor que temos e ficarmos felizes pelas conquistas dela. Por isso acolhemos tanto. Não fazemos isso esperando um retorno, fazemos porque essas crianças precisam desse colo, desse abraço", conta. Ele é uma família acolhedora desde 2017 e já realizou 2 acolhimentos. "O impacto na nossa vida é muito grande, aprendemos muito para dar suporte às crianças. Foi a primeira vez que conheci o amor incondicional, eu não sabia o que era isso", diz.

Lumena e Ronaldo Mariconi são uma família acolhedora desde 2016. Junto com as suas duas filhas e a cachorrinha Julieta, já realizaram 6 acolhimentos. Para eles, o acolhimento é uma forma de doar amor e atenção para que a criança se desenvolva de forma saudável. "O amor tem um poder transformador. É muito gratificante poder entregar para as crianças o nosso colo, nosso braço. Elas chegam na nossa casa de um jeito e saem seguras de si, prontas para o mundo", conta Lumena. Para ela, o apoio que as famílias recebem do Instituto é essencial para que consigam atender as crianças da melhor maneira. "Eles nos dão segurança para continuar ajudando as crianças. É um trabalho de primeira qualidade, que apoia tanto a criança quanto a sua família biológica. Eu estou muito feliz de ser uma voluntária e fazer parte do Instituto", afirma. 

Clique aqui e conheça mais sobre o trabalho do Instituto Fazendo História.

"Foi a primeira vez que conheci o amor incondicional, eu não sabia o que era isso."

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