Em julho de 2019, a vida de Elias e sua mãe, Mirian, mudou. Assim que descobriram que ele tinha um meduloblastoma (tumor no cérebro), os dois precisaram trocar a tranquilidade de Iepê, município com 8 mil habitantes no interior de São Paulo, pela correria da capital. Elias fez todo o tratamento no GRAACC, onde ganhou várias "medalhas da coragem", pois vencia diariamente o medo de agulhas para enfrentar a doença.

Nos primeiros meses, a família podia estar toda presente para as sessões de quimioterapia. Porém, com a chegada da pandemia bem na metade do tratamento de Elias, seu pai e seus dois irmãos voltaram a Iepê e ele e a mãe ficaram sozinhos no hospital. Mas, mesmo com a saudade de casa e da família, os seis meses seguintes foram cheios de carinho, atenção e brincadeiras, graças aos amigos que fizeram no GRAACC.

"Criamos vínculos de amizade com os outros pacientes, com os médicos e funcionários. Nós vivemos tudo aquilo juntos e nos tornamos uma família", conta Mirian. O suporte e a companhia deixaram Elias mais forte, até que, em agosto de 2020, terminou seu tratamento e pôde voltar para Iepê ao lado da mãe. Agora, eles voltam à capital apenas uma vez a cada quatro meses para as consultas de acompanhamento.

"Eu não sabia que um tratamento difícil poderia ser maravilhoso, com médicos tão carinhosos", diz Mirian. "Todo mundo deveria aprender com o GRAACC como se trata um paciente."

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