REPORTAGEM Gabriela Portilho
Nós, da MOL, acreditamos que muitas causas merecem visibilidade. É só assim que mais gente consegue descobrir aquela que mais fala ao seu coração e, assim, arregaçar as mangas para ajudar como pode, construindo um mundo melhor.
É por isso que estamos estreando a série Eu Defendo nas nossas redes. Toda semana, apresentaremos uma causa específica que pela qual acreditamos que vale a pena batalhar. Assim, esperamos que você se inspire e levante sua voz para abraçar e ajudar uma delas. :)
Por causa da pandemia do novo coronavírus, acreditamos que precisamos começar com o tema mais importante do momento atual: saúde universal .
Vamos de História: em 1946, um ano após o fim da Segunda Guerra Mundial, a Constituição da Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu que desfrutar do mais alto padrão possível de saúde é um direito fundamental de todo ser humano, sem distinção de raça, religião, orientação política ou condição socioeconômica. É o conceito de saúde universal: oferecer a todas as pessoas, principalmente às que não têm condições de pagar, acesso aos serviços de prevenção, tratamento, reabilitação e cuidados paliativos de qualidade, seguros e eficazes.
O Brasil foi um dos primeiros países latino-americanos a definir o acesso à saúde como um direito constitucional, em 1988. Foi assim que surgiu o Sistema Único de Saúde (SUS), um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde pública do mundo, cujo dever é oferecer atendimento gratuito e de qualidade para todos os brasileiros.
O SUS apresenta ilhas de excelência em diversas áreas, como vacinação, combate ao HIV e transplante de órgãos. Mas também sofre com graves deficiências, como a falta de médicos e de leitos (especialmente no interior do país) e as longas filas de espera para atendimento. Hoje, cerca de 75% dos brasileiros dependem do SUS, enquanto 25% contam com apoio da rede privada.
Aqui no país, o investimento em saúde não é dos mais expressivos: atualmente, investimos 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB) nessa área, o que nos coloca na 64ª posição em gastos com saúde, em um ranking com 183 países . Em nações desenvolvidas, essa porcentagem é quase o dobro da nossa: cerca de 6,5% do PIB.
Apesar do crescente investimento, muito ainda precisa ser feito para que o direito à saúde seja uma realidade para todos no planeta. O que se prevê em um relatório divulgado pela OMS em 2019 é que 5 bilhões de pessoas correm o risco de não ter atendimento de saúde já em 2030, caso os países não aumentem em pelo menos 1% do PIB seus gastos em saúde.
Para garantir o acesso universal à saúde é importante que a sociedade se organize na defesa de um sistema público de qualidade, participe dos conselhos de saúde , contribua com ONGs (te ajudaremos com isso no fim do texto!) , e cobre (por meio de ouvidoria do SUS, por exemplo) que os serviços de saúde sejam efetivos e voltados para as reais necessidades da população. Vale lembrar que a saúde é um direito e todos, um dever do Estado, mas que isso não exclui o compromisso de cada um cuidar de si mesmo e dos outros. Agora, durante a pandemia, isso é mais importante ainda. Mais do que nunca, todos somos responsáveis pela saúde uns dos outros.
Como você pode ajudar? Entre as mais de 70 ONGs que são ou já foram beneficiadas pelos projetos que fazemos aqui na MOLalgumas das principais instituições sem fins lucrativos que atuam na área da saúde no Brasil. Selecionamos algumas para você conhecer melhor:
Grupo de Apoio ao Adolescente à Criança com Câncer (GRAACC) Hospital especializado na cura do câncer infantojuvenil. Com sede em São Paulo, atende pacientes de todo o país. Clique aqui para saber mais e fazer uma doação .
Turma do Bem Rede de dentistas voluntários que atendem gratuitamente em seus consultórios, em 1.500 cidades de todas as regiões do Brasil. Clique aqui para saber mais e fazer uma doação .
Hospital Pequeno Príncipe Maior hospital pediátrico do Brasil, em Curitiba. Atende casos de média e alta complexidade de todo o país. Clique aqui para saber mais e fazer uma doação .
Projeto Saúde & Alegria Presta assistência a comunidades ribeirinhas em situação de risco na Amazônia. Clique aqui para saber mais e fazer uma doação .
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